sábado, 21 de maio de 2011

Sorrow

Neste pequeno quadrado de paredes vermelhas a imensidão.
Imensa.
E pensa.
Em todas as possibilidades
palpáveis, possíveis, críveis
mas emergem do subterrâneo somente palavras ao pensamento
não a boca
E surgem tantas imagens num estado febril projetadas como um filme de Lynch
impalpáveis, impossíveis, incríveis
Tantos signos
subjetivos
subvertidos
Que me calo
Meu devaneio da madrugada é o silêncio!
Este sou eu
raiz agarrada a terra
olhando o ar se expandindo
livre
observando a troca
das luzes neon
através da janela minimamente entreaberta
amigável
mas não amigo
Este sou eu
coração de artéria entupida
texto de linha quebrada.

02 Sorrow