O medo é uma linha que separa o mundo O medo é uma casa aonde ninguém vai O medo é como um laço que se aperta em nós O medo é uma força que não nos deixa andar (Lenine)
terça-feira, 2 de novembro de 2010
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Bem-vindo à Idade Média
"Em reuinão com representantes de 51 denominações evangélicas, Dilma Rousseff assumiu o compromisso de divulgar uma carta aberta ao povo de Deus. No texto, a pupila de Lula vai assumir o compromisso de não legislar sobre matérias como a descriminalização do aborto e a união de casais gays"
Não sei nem o que comentar direito aqui. Justamente quando eu estava mais que feliz por nesta eleição ter-se discutido estes assuntos com tanta intensidade. Eu não lembro de alguma eleição onde a união civis de gays, por exemplo, estivesse tão presente na pauta dos candidatos. Em sabatinas, em meio a perguntas sobre problemas de moradia, violência, sempre estava presente a questão da união civil gay.
E o que vejo agora? Um retrocesso jamais visto (no meu ponto de vista) na democracia brasileira. Para conquistar o voto de certos eleitores, nega-se o direito de uma minoria. O simples direito de ter uma união, como todo cidadão, independente de qualquer coisa, possui. Um direito que não pode ser negado em nome de alguns fanáticos religiosos. Um direito anteriormente defendido pelos candidatos. Falo candidatos, pois a notícia diz respeito a Dilma, mas não duvido que o Serra faça o mesmo.
Novamente a religião sendo usada em nome da exclusão. O clero mostrando as garras, mostrando que, apesar de não vivermos mais em feudos, eles ainda são superiores ao povo. E os presidenciáveis trocando dignidade e igualdade por votos. Esse é o Brasil que vivemos. Não o país do futuro, mas o do passado. Aquele que volta a Idade Média.
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
O Assassino
Como uma sombra, esgueiro-me seguindo teus passos cadenciados. Eu estava lá e você notou. Você sabia do perigo, mas mesmo assim me deixou entrar e eu esperei o momento propício, aquele momento onde o segundo passa a ser eterno. Como um caçador de vampiros, finquei estacas no teu coração. Teu corpo estendido no chão, o sangue escorrendo colorido, como se uma pintura estivesse se desmanchando...
Virei o corpo até poder olhar-lhe a face. Queria ver minha figura desaparecendo lentamente da tua íris. E para meu espanto, não, não para meu espanto, quem jazia morto não era você. Era eu. Eu me via sumir, uma chama não alimentada exaurindo-se. E você olhava esta cena com completo desdém...
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Plantei uma árvore, escrevi umas linhas e não terei filhos
Era um garoto bobo, não se esqueçam. Não, ele não se afundava em livros eassimescapavadarealidadequelheapareciaclichêcruel. Ele gostava de sentir na carne. Queria ser mártir. Do que? Fora educado a ser sozinho: ganhou o Mega Drive com um controle somente; ganhou uma raquete de tênis com uma bolinha que jogava contra a parede do quarto do vizinho; ganhou a bicicleta quando a moda era roller. Sempre quis um cachorro, pedia cotidianamente por um cachorro. É pequeno demais. A cabeça ele pensava. Quando enfim conseguiu o cachorro, já gordo, não soube lidar com a situação de ter um ser dependente e o deixou ao deus dará. Piazinho gostava de seres independentes, os admirava. Fitava com admiração as meninas que na sétima série pegavam sozinhas o busão para ir ao shopping. Aquele lá longe, aquele depois de duas estações, desce pela porta da esquerda e anda uma quadra pela avenida.
Por essa época resolveu gostar da menina loira da sala. Ela disse que também gostava dele. Começaram a namorar. Garoto bobo. Piazinho + namoro = dar beijo no rosto. Tiveram que escrever uma redação intitulada “Se eu fosse um objeto, eu seria...” e escreveu que queria ser um gibi. Fora chamado a frente pela professora e percebeu que já passou da hora de meninos da sua idade lerem gibis e que deveria se espalhar no V. – vulgo o menino de jaqueta de couro e moto se fosse nos anos 50 ou o menino que sempre roubava pão na casa do João “quem eu sim você eu não então quem foi foi o V. foi o V.” – que escreveu que gostaria de ser uma camisinha. Piazinho saiu com a cabeça ainda mais baixa que normalmente perguntando o que deveria de ser o raio da camisinha. A menina loira se cansou de Piazinho rapidamente. Ela pediu um selinho e Piazinho não sabia o que fazer. Acabou por aí. Não soube o que se passava e não conhecendo metáforas achou que a melhor solução era escrever o nome da menina loira com carvão na parede em cima do tanque da casa dos avós.
Piazinho acabou se cansando. Principalmente de ser chamado de Piazinho. Queria ser Piá. Revoltou, fumou, bebeu, fumou, beijou uns caras aí, leu Nietzsche, beijou mais caras aí, descobriu a nouvelle-vague. De tudo Piazinho gostou. Mas ainda assim algo não mudou. Ser Piá era se libertar, mas quem se liberta de amarras prazerosas. Começou a se apresentar como Piá, mas Piazinho sempre será. E quem disse que não se sabe disso?
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
ESCAFANDRO
O ritmo das ondas é a cadência do tempo. Indo-vindo. Tic-tac. Levam-me sempre ao mesmo ponto, ao redemoinho gutural onde tudo se esconde. Não me deixo levar. Luto pacífico e silencioso contra monstros nem sequer desvendados.
O sol a pino queima-me sem deixar marcas, a luz incessante cega-me. Envelheço anos em dias. Lançado à dinastia do tempo, a idade passa-me internamente, corroo as entranhas e construo paredes invisíveis. Sem entradas para que não consiga me desvendar. Je et vous. Ils et elles aussi.
Não me julgue. Não me pergunte. Não tenho a resposta por ter me impelido ao mar. Masoquismo, talvez. Mas não gosto da dor. Eu e eu perdidos nesta imensidão azul e não era a liberdade azul? flutuando o pensamento e divagando o corpo.
O que o que o que o que o que o que?
Padeço. Não sinto. Discurso palavras ao vento. Esqueço. Quem se atira ao mar sabe que não será salvo. Com o tempo afunda. E quem terá a coragem de mergulhar? A refração, a reflexão e o olhar turvo. Como essas águas.
quinta-feira, 15 de julho de 2010
Culposo proposital
cuspo autoverdades
cavo própria tumba
conclamando atrocidades
Com a mão calejada de feridas
dê-me o arco e a flecha
miro o cerne da conquista
oh deleite masoquista
Com os lábios cheios de negativas
escorre receio
sugo o néctar azedo
rindo do que anseio
Com o espírito cheio de ironias
finco estacas nas pústulas fechadas
subverto o sentimento
transformo em sacramento
segunda-feira, 12 de julho de 2010
Homem de olhos vendados
Sonhos.
Não!
Coloque-os na gaveta onde guarda teu coração.
Eu aguardo languidamente o dia em que virão ao meu encontro
Meu corpo lateja, minha alma estremece, minha visão nébula ao fechar meus olhos
Meus versos amorfos serão, finalmente, compreendidos por ninguém
(eu suporto não me fazer sentido algum)
No limiar da loucura, três bruxas me disseram:
“Receba o dom do desejar etéreo”
Assim eu te espero
Espectro.
domingo, 13 de junho de 2010
quinta-feira, 10 de junho de 2010
Imagem é tudo?
segunda-feira, 7 de junho de 2010
Nouvelle Vague
- O silêncio é a voz ancestral.
A palavra que não te disse é a que te cala.
Desmanchou-se em devaneios soturnos. Bebia água na fonte em forma de esfinge.
- Qual é teu enigma?
- Devora-me que te respondo.
Lembrou-se quando menino sonhava com um pátio imenso. Senzala própria. Arcabouço dos pensamentos, dos sentimentos.
Andou alguns passos. Pensativo. Introspectivo. Solstício.
- Há algo que queiras me dizer?
- Nada. Rien.
Eu vi. Vi a forma negra que te apoderava. Agora, já era tarde.
Tarde para mim. Noite para você.
domingo, 23 de maio de 2010
Dry
- Você não devia...Depois daquilo....
- Enche porra.
Observei aquele fluxo transparente, e ao mesmo tempo cheio de cor para ele, cair direto para o copo. Não fazia alarde, só queria manter o copo como uma antítese da vida. Entornou o primeiro gole, ouviu o golpe no estômago e como um relâmpago eriçou-se por completo. Mal tomava o segundo gole já pedia para completar novamente. Sentiu a boca amortecer. Sentiu a fúria nunca exprimida espairecer. Melhor assim, pensava ele.
Começou a tocar aquela música. Justamente aquela. Sempre relacionado com aquela música. As mãos começaram a tremer e observou todos ao seu redor. Fixou o olhar num ponto onde não havia ninguém e balbuciou algumas palavras.
Sentiu um gosto amargo na boca, sabor que já sentira diversas vezes. Esvaziou o copo num só gole, largou o dinheiro não contado e foi-se embora.
O desprezo e o desespero gladiavam-se dentro dele. A passos largos andava pelas ruas iluminadas, não por segurança, mas por querer ver sua sombra. Gostava de vê-la deformando-se ao longo da rua, e sabia que ela tinha muito mais a dizer sobre si do que ele próprio.
Encontrou uma prostituta.
- Qual o seu nome? Não me interessa mais nada.
- Marguerite.
Despiu-a, já no quarto, aproximou-se do seu ventre nu, afundou a face e chorou. Chorou abundantemente. As lágrimas escorriam pelo corpo da prostituta, delineando seu corpo, deixando rastros e desembocando internamente nela. Isso causou na prostituta um prazer enorme, dando-lhe um gozo intenso.
- Choras por alguém que foi?
- Choro por alguém que está.
- Quem?
- Eu.
Olhou ao redor e viu porta retratos. Todos sem fotos. Várias molduras sem pintura. Vários espelhos sem reflexo. Levantou-se. Ele viu-a ir embora. Ela olhou para a janela e acenou com a cabeça, subiu na borda do viaduto que circundava o prédio e jogou-se. Ele apagou a luz, deitou-se e dormiu.
terça-feira, 18 de maio de 2010
Repeat until fade
Corre corre corre corre. Core.
Pinga. Suja. Lava.
Dorme dorme dorme dorme dorme. Aurora do dia.
Dorme dorme dorme dorme. Dói-me.
Circula. Refluxa. Enxuga.
Arranja. Exclua. Labuta.
Dorme dorme dorme dorme dorme. Morre.
segunda-feira, 3 de maio de 2010
Pequenos acontecimentos cotidianos I
sexta-feira, 30 de abril de 2010
domingo, 18 de abril de 2010
Sou rei
(Ecos pulsantes)
Do reino da mutilação jacente
(Reflexo latente)
Do reino da incerteza ulterior
(Compasso dolor)
No ermo cardíaco
No caldo hipocondríaco
Sigas o mel azedo, Pitágoras
e por fim não esqueças
Do interno da luxúria
Meu reino se chama angústia
Da crítica da estima
Meu reino se conjuga lastima
Da fonte da temperança
Meu reino se verbaliza desesperança
quinta-feira, 15 de abril de 2010
Pensão
segunda-feira, 12 de abril de 2010
Frase Incompleta
O que, tá, não deixa de ser alternativo. Frases Incompletas são fodas.
segunda-feira, 29 de março de 2010
Geografia e Astronomia do eu e tu imaginário
Não me deixaste penetrar o trópico do teu signo. Mal dita sinastria de Libra a Virgo dá-se a volta no globo.
Revele os teus istmos e abra seus canais. As placas de teu humor causam perturbações na aurora boreal do amanhã.
Sopre correntes oceânicas e lave o fundo de minha alma. Acima da poeira cósmica que paira Descobrirás supernovas.
Sois buraco negro. Vejo-te por fora, mas não por dentro Gravitas sobre minha doce ilusão e não te escapo.
quinta-feira, 25 de março de 2010
domingo, 14 de março de 2010
Da reta ao ponto
sábado, 13 de março de 2010
Nada será como antes
Eu já estou com o pé nessa estrada
Qualquer dia a gente se vê
Sei que nada será como antes, amanhã
Que notícias me dão dos amigos?
Que notícias me dão de você?
Alvoroço em meu coração
Amanhã ou depois de amanhã
Resistindo na boca da noite um gosto de sol
Num domingo qualquer, qualquer hora
Ventania em qualquer direção
Sei que nada será como antes amanhã
Que notícias me dão dos amigos?
Que notícias me dão de você?
Sei que nada será como está
Amanhã ou depois de amanhã
Resistindo na boca da noite um gosto de sol
quarta-feira, 3 de março de 2010
A Superior
Quero tiro seco
Dardo do destino
Para guiar o caminho
Que me importa o desejo
Quero lua diurna
Sentar na beirada
Para alma precipitada
Que me importa o sonho
Quero nu e cru
Escolher a raça
Para julgar cova rasa
Que me importa a felicidade
Quero tempo corrido
Dia e noite arfar
Para em nada pensar
segunda-feira, 1 de março de 2010
Conjugação do verbo criticar
Eu criticas tu
Eu critica ele
Eu criticamos nós
Eu criticais vós
Eu criticam eles
Tecer ou ode a Penélope
domingo, 21 de fevereiro de 2010
Como trazer sua amiga de esquerda de volta
Ela: O quê? Estou indo praí. AGORA.
A Casa Vazia
A vida aparece através da fumaça do cigarro serpenteiando a tela do computador. Uma opacidade entra por pequenas frestas, como um vento imperceptível, mas luminoso, deixando aparecer somente dois olhos azuis vidrados. A música sai da caixa de som como um ópio, repetindo-se infinatamente, parecendo uma caixinha de música esquecida pelo ambiente ou enterrada na parede.
- Desde sempre?
- Foi assim?
A voz imaginária perguntou.
A voz imaginária perguntava.
- Não. Nem sempre.
- E quando foi?
- A casa foi abandonada. Aos poucos os cômodos foram deixados de serem visitados.
- Pq?
- Pq a lareira se apagou.
As respostas trazidas pelo vento se dissiparam neste momento. Foram se esconder na lareira apagada.
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
Caderninho
Preciso saber quantas linhas o tédio ocuparia
domingo, 7 de fevereiro de 2010
Pouco, muito pouco
Incrível o quanto vc pode achar ser, mas na verdade não é.
Eu vejo películas poéticas, mas há os que veêm muito mais.
Eu ouço músicas alternativas, mas há os que escutam muito mais.
Eu leio clássicos, mas há os que leêm muito mais.
Eu entendo de bioquimíca, mas há os que entendem muito mais.
Eu escrevo no blog, mas há aqueles que escrevem mais (e infinitamente melhor).
Parte II
Sensação que vc nunca vai passar de rascunho quem escreveu isso?
Por baixo das várias camadas de tecido, o que sobra é pouco, muito pouco.
Um cult que não passa na verdade de aborrecimento. Nada de exagero.
Ou se exagera, o faz da pior forma possível.
Andando por ladrilhos percebe-se a piada sem graça, o assunto forçado, o caminhar desgastado, o flerte mal dado.
O problema é esse. Enquato todos querem copo meio cheio, eu posso oferecer meio vazio.
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
Resoluções de Ano Novo
O Ano acaba.
A vida acaba.
As 10 músicas de 2009
Eu sempre quis fazer isso, uma listinha com filmes, musicas, livros, ou qualquer outra coisa que valha. Vou começar com as 10 melhores músicas que eu escutei em 2009, o que não significa que essas músicas foram feitas em 2009, pode e tem coisa antiga. Então vamos com a listinha:
10) The B52´s - Funplex
Depois de muito tempo sem lançarem nada, os "vovôs e vovós" mostraram que dão uma lavada em muita banda atual.
9) Hollwood, Mon Amour - Cat People
É o novo projeto do Nouvelle Vague que modifica agora músicas temas de filmes dos anos 80. O que eles fizeram com Cat People do Bowie é sensacional!!!!!
8) Fleet Foxes - Mykonos
Essa mistura meio folk, meio hippie que eles fazem resulta em música surpreendente aos ouvidos.
7) The Big Pink - Velvet
Dificil explicar o som dessa banda. Talvez uma mistura racêmica (google it) de anos 80 com os dias atuais. Só escutando pra entender.
6) Sonic Youth - Superstar
Ok, eu confesso que eu não conhecia, e ainda não conheço, muita coisa do Sonic Youth (praticamente se enforca agora). Mas peguei algumas músicas para ir ao show deles em SP, e me deparei como essa música , que vem a ser uma das mais famosas do grupo. Toda cantada na forma de sussuros, esse lamúrio musical é fantástico. Uma pena que não tocaram no show.
5) Muse - Uprising
Enfim o Muse assume toda a sua grandiloquencia. Você se sente praticamente em uma ópera, só que numa ópera indie (se vc não entende como isso é possível, escute o novo cd deles e vc saberá do que estou falando).
4) Lily Allen - Not Fair
E pensar que seria dificil Lily Allen ser mais ácida e malvada que em "Smile" e "Knock them out", mas, sim, ela conseguiu. E ainda misturou um pouco de country, um estilo vamos dizer de macho, para satirizar mais ainda.
3) Florence + The Machine - Girl With One Eye
Um vocal com voz de cantora de jazz ou blues pode fazer música alternativa? Pode sim, é só escutar essa banda.
2) The XX - Crystalised
Essa banda tem um estilo meio Joy Division, mas sem se deixar tragar por isso, e fizeram algo novo. Uma música sem parafernália, mas que é magnifica. Como dizem, menos é mais!!!!!
1) Grizzly Bear - Two Weeks
Essa caras do Brooklyn fazem uma música que não tem igual. Lembra um coral cantando uma musica folk com pitadas eletrônicas e acústicas. Uma música sem igual.
Enfim, essa é minha listinha. Vale lembrar que muita coisa boa ficou de fora e merecem menção honrosa: She wants revenge, Pheonix, La Roux, Friendly Fires, Passion Pit, Zazie a até Lady GaGa merece uma atenção por Bad Romance.
Até!!!!!!!!
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
AtRaSo
depois de um mês eu volto a postar aqui....
Muitas coisas ocorreram: casa nova, discotecagem, doutorado engrenando, dvds de merda (literalmente), nessa ordem.
As coisas estão se colocando no lugar novamente, então como esse blog só funciona quando tudo fisico está no seu lugar, eu posso voltar a ter meus devaneios mentais. até daqui a pouco.